Incidente em Antioquia

Pedro e Paulo.
Por El Greco, atualmente no Museu Hermitage, em São Petersburgo.

O Incidente em Antioquia é o título-padrão que os historiadores se utilizam para se referir à disputa, nos primeiros anos da Igreja, entre os apóstolos Paulo e Pedro, que ocorreu na cidade de Antioquia por volta do meio do século I d.C. A fonte primária para o incidente é a Epístola aos Gálatas, de Paulo (Gálatas 2:11–14). Desde F.C. Baur, os acadêmicos encontraram evidências de conflitos entre os líderes da igreja antiga. Como exemplo, James D. G. Dunn propôs que Pedro seria um "intermediário" entre as visões conflitantes de Paulo (mais próxima dos gentios) e Tiago, o Justo (mais próxima dos judeus).[1]

  1. James D. G. Dunn (2002). «32». In: L.M. McDonald e J.A. Sanders. The Canon Debate (em inglês). [S.l.: s.n.] p. 577 : "Pois Pedro era provavelmente, de fato e de direito, o intermediário que fez que qualquer outro para manter unida a diversidade existente na era apostólica. Tiago, irmão de Jesus, e Paulo, os dois mais proeminentes líderes na época, além de Pedro, estavam muito identificados com suas respectivas "marcas" de cristianismo, pelo menos aos olhos dos que estavam no polo oposto deste espectro. Mas Pedro, como visto principalmente no incidente em Antioquia em Galátas 2, tinha tanto o cuidado de manter sua herança judaica , que faltava em Paulo, e uma abertura para as demandas impostas pelo nascente cristianismo, que Tiago não tinha." [itálicos no original]

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